INTRODUÇÃO
O presente trabalho busca refletir sobre a compreensão do que é TI verde, a questão do lixo eletrônico, da obsolescência programada, e mostra dicas para por em prática atividades sustentáveis.
JUSTIFICATIVA
A sustentabilidade deve ser tratada nas escolas principalmente por se tratar de um dos eixos temáticos dos temas transversais. A questão da consciência ecológica deve abranger um tipo de lixo considerado como e-lixo ou lixo eletrônico. É preciso conscientizar as pessoas dos problemas causados pelo descarte incorreto deste lixo. Neste contexto, a TI verde ajuda a ter atitudes mais sustentáveis diante do contexto em que a sociedade está inserida.
OBJETIVOS
Objetivo Geral: Compreender o que é a TI verde e a importância do descarte correto do lixo digital.
Objetivos Específicos
Conhecer o que abrange a chamada TI (Tecnologia da Informação verde) e as TDICs.e a questão do consumismo (obsolescência programa).
Realizar pesquisa sobre a quantidade de lixo eletrônica descartada pelos brasileiros ao ano.
Compreender os elementos químicos que estão presentes nos componentes tecnológicos e quais problemas de saúde os componentes do lixo eletrônico podem acarretar.
Demonstrar a importância da coleta seletiva do lixo eletrônico e da consciência ecológica através de um panfleto virtual de coleta e tirinhas criadas.
METODOLOGIA
A metodologia do trabalho consiste em pesquisa em livros, sites, documentários, vídeos, sobre a TI verde. Investigar as estatísticas sobre o lixo eletrônico em sites especializados. Apresentação dos resultados e sugestões em forma de gráficos e desenhos.
TI VERDE E A CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA
Um dos temas transversais que as escolas devem trabalhar é o eixo que trata do meio ambiente e consumo. Dentro deste assunto enquadra-se a questão da TI verde voltada assim para a educação sustentável. A educação para a sustentabilidade interliga da educação com a sustentabilidade, através de pilares: ambiental, social e econômico. O desenvolvimento sustentável pode ser conceituado como o desenvolvimento que satisfaz às necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade de as gerações futuras. Diante disso é preciso pensar no presente. (ROMAN, 2017, p. 17).
Na atual sociedade da informação a obsolescência programada é uma forma de forçar o consumo. Como podemos ver em:
Conforme usamos um produto, é natural que este sofra desgastes e se torne antigo com o passar do tempo. O que não é natural é que a própria fabricante planeje o envelhecimento de um produto, ou seja, programar quando determinado objeto vai deixar de ser útil e parar de funcionar, apenas para aumentar o consumo. Apesar do avanço tecnológico, que resultou na criação de uma diversidade de materiais disponíveis para produção e consumo, hoje nossos eletrodomésticos são piores, em questão de durabilidade, do que há 50 anos. Os produtos são fáceis de comprar, mas são desenhados para não durar. Por esta razão, o consumidor sofre para dar a eles uma destinação final adequada e ainda se vê obrigado a comprar outro produto (IDEC, 2012, p. 01).
Malheiros e Philippi Jr. (2005) definem TI – Verde, como um conjunto de ações que levam ao desenvolvimento sustentável. Iniciativas para preservação ambiental devem ir além necessidades dos consumidores, que devem estar cada dia mais conscientes de sua responsabilidade ambiental. Define-se o e-lixo ou Lixo eletrônico em um conjunto de aparelhos eletrônicos que se tornam inúteis, por defeito ou antiquados. Considera-se lixo eletrônico:
Pequeno porte:
• Aparelho celular
• Baterias de celulares e notebooks
• Estabilizadores
• Fontes de energia (de celulares, notebooks, etc)
• HD externos
• Mouses
• Pen-drives
• Roteadores e modems
• Tabletes
• Teclados de computador
Médio/grande porte:
• Computador de mesa (gabinete com placas e demais itens)
• Impressoras
• Monitores de computador (LCD, LED, tubo e outros tipos)
• Notebooks
• No-breaks
• Televisores (LCD, LED, tubo)
• Aparelhos de Som
• Aparelhos de Fax
• Aparelhos de DVD, CD ou Videocassete.
Abaixo uma lista sobre os danos causados por elementos presentes no lixo eletrônico:
Figura 1 – Elementos perigosos do lixo eletrônico📷
Fonte: UFSC, 2018.
Figura 02 - Lixo eletrônico
📷
Fonte: Recicloteca
Como foram demonstrados, certos objetos têm em sua composição metais perigosos e de difícil degradação, causam graves problemas ambientais caso sejam descartados de modo incorreto.
De acordo com o site Pensamento Verde (2012), os dados da PNUMA (agência da ONU responsável pelo meio ambiente) revelam que cerca de 50 milhões de equipamentos eletrônicos diversos são descartados e transformados em lixo eletrônico, anualmente. No Brasil, cerca de 60% do lixo inclui algum tipo de resíduo eletrônico e boa parte deste material acaba nos lixões, sem nenhum tipo de tratamento adequado.
TI Verde é um conjunto de ações que torna o processo de produção de equipamentos menos prejudicial ao meio ambiente. O objetivo é produzir produtos que consomem menos energia, evitar a utilização de metais pesados e o uso de componentes químicos e tóxicos, além de aumentar a quantidade de materiais recicláveis na fabricação dos produtos. A TI Verde (ou Green IT) engloba também o cumprimento da legislação ambiental e diagnósticos dos impactos ambientais de atividades relacionadas a área.Dentre as preocupações, a redução do consumo de energia é destaque. Apesar de ser um dos maiores problemas, a busca por soluções já obteve resultados significativos, como a virtualização de servidores, ajuste do ar-condicionado e do fluxo de ar dentro dos datacenters, aquisições de equipamentos com certificados, entre outros. (PENSAMENTO VERDE, 2013, p. 02)
De acordo com o site da revista Exame (2018), escrita por Vanessa Barbosa “O Brasil gerou um total de 1,5 milhão de toneladas de lixo eletrônico em 2016. (...), atrás apenas dos Estados Unidos, que produziram 6,3 milhões de toneladas de lixo eletrônico no mesmo período”. A pesquisa mostra que boa parte do lixo eletrônico não é reciclada e tem destinação inadequada, acabando em lixões a céu aberto, e consequentemente contaminando o meio ambiente.
A TI verde pode ser adotada em várias áreas, das seguintes maneiras:
Desligar os equipamentos nos momentos em que não estiver em uso;
Utilize fontes de energia alternativa;
Alertar para o problema do lixo eletrônico;
Atualize o software e deixe a manutenção de seu equipamento em dia. Isso aumenta a durabilidade e a vida útil;
Recicle ou doe. Alguns fabricantes e centros de coleta recebem equipamentos para reciclagem;
Economize e inclua na lista de economias o papel do dia a dia, cartuchos de tinta e toner.
Compre ou troque de celular ou de computador todo ano somente quando for estritamente necessário.
Estenda a vida útil de seus equipamentos. No caso dos computadores, por exemplo, muitas vezes a lentidão se deve aos arquivos perdidos e “lixo” deixado pelo sistema operacional. Os vírus também podem deixar seu computador lento.
Virtualizar os arquivos para evitar consumo de papel desnecessário.
A insustentabilidade ambiental do ciclo de consumo dos EEE
Do ponto de vista ambiental, a produção cada vez maior e mais rápida de novos EEE traz dois grandes riscos: o elevado consumo dos recursos naturais empregados na fabricação destes e a destinação final inadequada. Estudos mostram que, para se fazer um computador novo e seu monitor, são necessários cerca de duas toneladas de insumos (combustível, matéria-prima e, principalmente, água). Um simples chip eletrônico, menor que a unha de um dedo mínimo, exige 72 g de substâncias químicas e 32 L de água para ser produzido. Já a fabricação de um carro ou de uma geladeira consome o dobro de sua massa em recursos naturais (United Nations University, 2004). Por isso, o primeiro grande impacto do lixo eletroeletrônico não é o seu descarte, mas sim a extração dos insumos necessários à sua fabricação. Dados de caracterização química mostram que até cerca de 60 elementos da Tabela Periódica se acham presentes nos computadores atuais, alguns bastante tóxicos aos seres vivos (Tabela 1 – Artoni, 2007; United Nations University, 2004).
DANOS À SAÚDE
Os elementos químicos presentes no lixo eletrônico podem causar diversos problemas de saúde no ser humano.
A contaminação no homem pode ocorrer pelo contato direto com os elementos químicos, que entram na fabricação dos equipamentos eletrônicos. A Tabela 1 apresenta os efeitos que alguns materiais presentes no lixo eletrônico causam à saúde do ser humano (MUTIRÃO DO LIXO ELETRÔNICO, 2008).
Tabela 1: efeitos que alguns materiais presentes no lixo eletrônico causam à saúde
📷📷
http://nti.ceavi.udesc.br/e-lixo/index.php?makepage=danos_a_saude
Figura 3: Efeitos dos elementos químicos no corpo humano.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O PROJETO
a) Apresentação do projeto e conscientização sobre TI Verde.
b) Definição de e-lixo.
c) Filme sobre a História das Coisas.
d) Palestra sobre lixo tecnológico com representante da empresa Alpha Digital de Joaçaba.
e) Filme Wall.E.
f) Pesquisa de como elaborar uma tirinha na sala informatizada.
g) Elaboração de uma tirinha em duplas.
h) Apresentação e entrega das tirinhas.
i) Construção da pilha de Daniel.
h) Apresentação do projeto.
i) Análise dos resultados.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O lixo eletrônico é tão prejudicial quanto o lixo comum. Dentro destas preocupações, a TI verde busca soluções sustentáveis para a questão da tecnologia. Neste sentido abordar a sustentabilidade na escola é o primeiro passo, isto é, conscientizar sobre os malefícios de tais elementos no meio ambiente.
O lixo eletroeletrônico é uma excelente ferramenta de sensibilização dos alunos, tanto para questões ambientais quanto para perceber a importância das propriedades dos elementos químicos na concepção dos produtos de nossa vida moderna. Face ao impacto deste trabalho em todos os alunos participantes, as atividades propostas a eles devem ser realizadas o mais rapidamente possível, para que não se perca uma preciosa oportunidade de mudança de atitude.
REFERÊNCIAS
ROMAN, Darlan. In Educação para a sustentabilidade. FILIPIM, Eliane et. al. A aprendizagem para a sustentabilidade na trajetória de vida. Joaçaba: Unoesc, 2017.
PENSAMENTOVERDE. Você sabe o que é TI Verde?, 2013. Disponível em < http://www.pensamentoverde.com.br/sustentabilidade/voce-sabe-o-que-e-ti-verde/> Acesso em 20 mai. 2018.
MALHEIROS, Tadeu Fabrício; PHILIPPI Jr., Arlindo. Saúde Ambiental e Desenvolvimento. Barueri, SP: Manole, 2005.
PEREIRA, Daniel. Ser melhor. Lixo eletrônico - problema e soluções, 2016. < http://www.sermelhor.com.br/ecologia/lixo-eletronico-problema-e-solucoes.html> Acesso em 22 maio. 2018.
IDEC. Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. Entenda o que é obsolescência programada, 2012. Disponível em https://idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/entenda-o-que-e-obsolescencia-programada Acesso em 22 maio. 2018.
BARBOSA, Vanessa. Brasil gerou 1,5 milhão de toneladas de lixo eletrônico em 2016. Revista Exame 2 fev 2018. Disponível em https://exame.abril.com.br/brasil/brasil-gerou-15-milhao-de-toneladas-de-lixo-eletronico-em-2016/ Acesso em 22 maio. 2018.
UFSC. Gerenciamento de resíduos Sólidos.Disponível em < http://gestaoderesiduos.ufsc.br/> Acesso em 22 maio. 2018.
TAVARES, Naira. Quem recebe lixo eletrônico no Rio de Janeiro? Recicloteca. Disponível em < http://www.recicloteca.org.br/lixo-eletronico/quem-recebe-lixo-eletronico-no-rio-de-janeiro/> Acesso em 22 maio. 2018.
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